Por vezes detesto ser humana.
Detesto ter de sentir várias emoções ao mesmo tempo, detesto pensar em coisas que me atormentam, detesto descobrir que nada é o que parece, detesto sentir dor tanto no corpo como na alma,detesto ver uns com tanto e outros com tão pouco, detesto assistir a humilhações, detesto ter de pisar o mesmo mundo que esses cínicos e convencidos, detesto sentir-me perdida quando sei exactamente onde estou, detesto querer fugir e não poder, detesto ter de esconder os meus sentimentos por trás de um sorriso, detesto não conseguir desaparecer,detesto não saber,detesto detestar.
E o que me faz detestar tanto este mundo?
Sinceramente não sei.
Talvez seja por ninguém tentar perceber como me sinto.
Talvez seja por não ter a apz que procuro.
Talvez seja não poder estar com quem mais quero.
Talvez seja ver a felicidade de uns a crescer enquanto a tristeza de outros se torna cada vez mais negra.
Talvez seja todas as vozes dentro da minha cabeça, que não sabem o que fazer.
Talvez seja a minha bússola interior que se encontra avariada.
Talvez seja por esconder tudo o que sinto por trás dos sorrisos sinistros e dos risos sonoros.
Talvez seja a falta de algo ou de alguém.
Talvez seja tudo isso...e muito mais.
Porque temos que enfrentar tanta coisa ao mesmo tempo?
Porque não existem momentos em que tudo é simplesmente perfeito?
A vida é tão curta e tão difícil e nunca conseguimos fazer tudo aquilo que realmente desejamos.
Apesar de nos considerarmos livres somos sempre prisioneiros.
Prisioneiros de nós próprios.
Não podemos deixar a nossa alma correr por uma estrada deserta em direcção ao pôr-do-sol nem a podemos deixar voar nas asas de um colibri.
Só a nossa imaginação e sonhos o podem fazer.
A nossa liberdade está condicionada por nós próprios.
Somos nós que a definimos e condicionamos-a sempre.
Podemos dizer que somos totalmente livres mas na verdade não o somos, pois se o fossemos já teríamos concretizado todos os nossos devaneios mentais.
Somos seres humanos e por isso temos de sofrer.
Nascemos para isso.
Nascemos para lutar pela nossa felicidade que parece sempre tardar em chegar.
Ou será que ela já está presente há muito tempo e nós apenas não a vemos?
Um beijo livre até chegar a vós,
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