sexta-feira, 24 de junho de 2016

Proibido


"Your hands were on my hips, your name is on my lips...I've got a burning desire for you, baby."

Havia um sinal de sentido em frente aos meus olhos.
E eu não hesitei. 
Avancei, sem pensar nas consequências. 
Se sabia que não devia? 
Sabia. Mas não queria saber. 
O desejo fervilhava nas minhas veias, o teu perfume inebriava-me os sentidos. 
O teu riso malicioso, enquanto me sussurravas ao ouvido tudo o que eu queria sentir, era o íman perfeito. 
Empurrei-te para o sofá, o copo de vinho que seguravas voou pela sala e partiu-se em mil pedaços. 
Tal como o meu controlo.
Beijei-te. O sabor de um beijo proibido, envenenado pela adrenalina, embriagado pela luxúria. 
Agarraste a minha cintura com força e puxaste-me contra o teu corpo quente. 
Os teus lábios deslizaram pelo meu pescoço, deixando o aroma do perigo penetrar na minha pele. 
As minhas mãos puxaram-te a camisa, fazendo saltar os botões, revelando o teu peito másculo. 
Quis fazer-te sentir as minhas unhas, deixar a minha marca no teu corpo. 
Mas não podia. Era proibido. 
Olhaste-me nos olhos antes de me agarrares os seios. 
A malícia dançava no teu olhar. 
Beijaste-me, como se o amanhã não fosse existir. 
Entregámo-nos ao desejo. 
O amanhã iria existir. 
E tudo isto continuaria a ser proibido. 
Mas ela…ela nunca irá descobrir.

(Texto escrito para o Desafio #16, tema "proibido", de 7THINK)

homem a agarrar seio

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