"Até um dia amor adeus
Até ao dia em que nos teus braços falte eu..."
Vou-me embora.
Não sei se te vais importar.
Nem sequer se vais notar.
Sinto-me presa, a criar raízes que não me deixam dar um passo.
Eu não sou árvore.
Sou animal selvagem.
Preciso de fugir.
Correr, ver, despir, sentir, viver.
Preciso de ir.
Não mostras o que sentes.
Não mostras se te importas.
Mas eu sei que não me deixas ir.
Porque se eu for, deixo de estar sozinha.
E o solitário passas a ser tu.
Então abraças-me.
Dizes palavras que acalmam a mente.
Mas não o coração.
Continuo a precisar de ser livre.
Vem comigo.
Cortamos as raízes.
Saímos da jaula.
Seremos livres juntos.
Mas tu não queres.
Deixaste-te domar.
É mais fácil viver assim.
Com hábitos e rotinas.
Eu preciso de sentir a vida em mim.
Soltar o animal que me habita.
E agora?
Vens?
Vamos?
Ou vou?
Apenas espero.
Por ti.
Por coragem.
Ou por mim.
Um texto diferente do habitual por aqui. Mais sentimental, em jeito de despedida. Espero que não seja pessoal e que não estejas numa espiral negativa. É preciso que estejas bem porque quando estás bem a tua escrita é bonita =)
ResponderEliminarNa verdade, este texto é o habitual neste blog. Talvez, um regresso às origens.
EliminarCumprimentos :)